Agenor era
um hipocondríaco que visitava regularmente o antigo Hospital Matarazzo nos anos
1950. Só que uma vez era para valer e ele precisou fazer uma cirurgia de
emergência, onde foram descobertas duas maciças pedras, uma em cada rim. Inicia
aí uma estranha história...
Do dia 09 de
setembro a 12 de outubro de 2014 ocorreu no antigo Hospital Matarazzo em São
Paulo capital a exposição “Made By... Feito por Brasileiros", que contou
com a participação de mais de 100 artistas brasileiros e internacionais dos
mais renomados. O Hospital ficou fechado por mais de 20 anos e após a exposição
será reformado e terá partes demolidas para ser transformado em um complexo com
hotel e shopping. Um dos artistas da exposição foi Vik Muniz, que expôs no
bloco A Sala A32 O Curioso Caso de Agenor Andrade Filho (Ou, O Episódio das
Pedras Invisíveis). Na parede da sala ele explica o caso:
“Em Março de
1958, Agenor se queixou de fortes dores lombares em quatro visitas consecutivas
à emergência do hospital, que ciente de seus hábitos hipocondríacos,
simplesmente o aconselhou que voltasse para casa com alguns analgésicos. Em sua
quarta visita foram executadas algumas radiografias, que não apresentaram
anomalias em nenhum órgão, osso ou músculo. Uma semana mais tarde, Agenor
voltou à emergência, desta vez, com febre alta, e sinais positivos de
insuficiência de órgãos. O quadro clínico do paciente orientou a equipe médica
chefiada por Dr. Emilio Bonelli à realização de uma cirurgia de urgência.
Para a
surpresa do corpo cirúrgico, goram encontrados dois cálculos massivos, um em
cada rim. Isso prolongou de forma não antecipada, o tempo e a complexidade do
procedimento contribuindo para a eventual perda do paciente, que sucumbiu a uma
infecção generalizada pouco depois da cirurgia.
As pedras
extraídas dos rins de Agenor foram encaminhadas junto com um relatório para o
legista, o qual imediatamente contatou o Dr. Bonelli, dizendo que a vasilha
onde supostamente deveria estar os cálculos, se encontrava vazia. O médico
constatou que embora realmente fosse impossível ver qualquer coisa dentro do
recipiente, havia ali um ruído, quando se agitava o vidro, de algo sólido,
presente. Emílio Bonelli concluiu, pelo exame do material, que a compulsão
aguda de Agenor por doença, havia somatizado a materialização de dois objetos
de propriedades matriais, porém invisíveis ao olho humano, cujo contorno só se
tornava discernível quando imersos em líquido.
Sua incrível
descoberta, tema de uma palestra no Terceiro Congresso de Nefrologia da
Academia Paulista de Medicina, tomou conta da imprensa especializada e popular,
e ridicularizando e gerando grande constrangimento para a diretora do hospital,
que exigiu do médico, sob ameaça de demissão, que arquivasse o caso
permanentemente não o comentasse com mais ninguém. Estes documentos, assim como
as pedras, foram encontrados em 2013, em um cofre subterrâneo, aqui, neste mesmo
hospital”.
No local ele
colocou os documentos encontrados no cofre, como fotos do seu Agenor e do Dr.
Emílio Bonelli, Certidão de Óbito, Ficha de Internação, relato do médico sobre
o caso e é claro, as pedras retiradas do corpo de Agenor e que só são visíveis
imersas em água!
Jornal da época contando o caso.
Dr. Emílio Bonelli descreve o caso. Página 01
de 03.
de 03.
FONTE: ASSOMBRADO.COM.BR
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