ROMERO
BRITTO
Romero Britto (Recife, 6 de outubro de 1963) é um pintor, escultor e
serígrafo brasileiro radicado
nos Estados Unidos.
Considerado um dos artistas mais prestigiados pelas celebridades
americanas, já pintou quadros para personalidades como Michael Jackson,
Madonna e Arnold Schwarzenegger. Também produziu telas
para nomes como Dilma Rousseff, Bill Clinton e
o casal real príncipe William e Kate Middleton,
e a convite do príncipe Charles jantou no Palácio de Buckingham.
VIDA E OBRA
Romero Britto nasceu em 6 de outubro de 1963. Ele começou sua carreira
aos 18 anos em Pernambuco, mas desde os 8 anos passou a se interessar pelas
artes plásticas. Britto alega ter criado seus quadros para evocar o espírito de
esperança e transmitir uma sensação de aconchego. Suas obras são chamadas, por
colecionadores e admiradores, de “arte da cura”.
Embora produza com boa intenção, os estéticos têm sido discutidos, pois
os críticos o consideram uma diluição repetitiva e não muito original do
estilo pop art,
preconizado por Andy Warhol, Robert Rauschenberg e Roy Lichtenstein,
aos quais acrescenta certos cacoetes estilísticos típicos da arte gráfica
das histórias em quadrinhos.
Romero Britto é irmão do técnico de futebol Baltemar Brito por
parte de pai. É casado com a norte-americana Cheryl Ann Britto, com quem tem um
filho, Brendan Britto. Desde 1988 mora
em Miami,
na Flórida, Estados Unidos.
CARREIRA
Em 2005,
Romero foi nomeado embaixador das artes do Estado da
Flórida pelo ex-governador Jeb Bush (irmão
de George W. Bush e
também membro do Partido Republicano), o
que ilustra seu impacto sobre a elite política e financeira de Miami. Concomitantemente,
em 2005 e 2006,
Romero Britto foi convidado a participar de uma pequena lista de artistas
internacionais selecionados para a Bienal de Florença.
“Arts and Exhibitions International” convidou Romero para criar uma pirâmide
comemorando o retorno da exposição do Tesouro de Tutancâmon a Londres,
depois de 35 anos. A pirâmide de Romero é a maior instalação de arte na história
do Hyde Park até
hoje, com a altura equivalente a um edifício de quatro andares. Foi produzida
em tributo às antigas Pirâmides de Gizé, a última das sete maravilhas do mundo antigo. A
pirâmide está programada para ficar permanentemente instalada no Museu da
Criança no Cairo, Egito.
Em 2008,
Romero Britto criou uma série limitada de selos postais intitulados Esportes
para a paz, que celebraram o memorável talento dos atletas para os Jogos Olímpicos de Beijing, e também
mostrou sua arte no famoso Museu do Louvre,
em Paris.
Britto acredita que “A arte é muito importante para não ser compartilhada”, e
esta é uma das razões pelas quais criou a Fundação Romero Britto.
O artista foi convidado por três vezes para ser palestrante no World Economic Forum; recebeu convite para
fazer a abertura do Super Bowl XLI com o Cirque du Soleil,
e ainda para criar uma coleção de selos postais para a ONU, além de inúmeros
outros convites. Romero Britto está presente em coleções particulares e é
requisitado por empresas do mundo a incorporar sua arte. Dentre elas tem-se: Absolut, Disney, Pepsi, Microsoft e Audi. Romero é
proprietário de duas galerias: uma localizada em Miami Beach,
na famosa Lincoln Road, e outra projetada pelo arquiteto João Armentano,
em São Paulo.
Em 2012,
foi pela primeira vez homenageado por uma escola de samba:
A Renascer de Jacarepaguá que contou a
vida do artista em sua estreia no Grupo Especial com o enredo: "Romero
Britto, o artista da alegria dá o tom na folia". A escola abriu o Carnaval do Rio de Janeiro de 2012,
sendo a primeira escola a desfilar no domingo de carnaval.
Já em 2014 fez grandes parcerias no ramo de móveis, uma delas por sinal a mais importante foi a parceria com a Wood Store Marcenaria, situada na região de Osasco-SP.
IMAGENS DO DESFILE DA RENASCER EM 2012 QUE
HOMENAGEOU ROMERO BRITTO
Já em 2014 fez grandes parcerias no ramo de móveis, uma delas por sinal a mais importante foi a parceria com a Wood Store Marcenaria, situada na região de Osasco-SP.
ROMERO BRITO AO LADO DE MICHAEL JACKSON E AO LADO QUADRO
HOMENAGEANDO O REI DO POP
ESTILO
Romero Britto é conhecido como artista pop brasileiro, radicado em
Miami. Suas obras caíram no gosto das celebridades por sua alegria e sua cor,
tendo sido alçado para a fama ao realizar a ilustração de uma campanha
publicitária da vodca
sueca Absolut.
O DC-3 QUE SE TRANSFORMOU EM
UMA OBRA DE ARTE DE ROMERO BRITTO
O DC-3 PINTADO PELO ARTISTA PLÁSTICO ROMERO BRITTO, NO PÁTIO DA AESO EM OLINDA, PERNAMBUCO
Quando eu tinha uns dez anos, em uma
ocasião que participava de uma excursão escolar a Recife e Olinda, na hora que
o nosso ônibus estava seguindo por uma estrada perto do mar, tive a surpresa
(na verdade um susto) de ver um grande avião bimotor no pátio externo de uma
casa. Fiquei realmente impressionado com aquilo. Um dos professores explicou
que ali era um bar e tinha como atração aquele antigo avião. Mas o Mestre não
sabia de que tipo era.
Apesar da pouca idade eu já sabia que
ali estava um DC-3. Aquele era o clássico avião de transporte fabricado pela
empresa norte-americana Douglas Aircraft, que praticamente revolucionou em todo
o planeta o transporte aéreo comercial nas décadas de 1930 e muitos anos após.
A versão militar deste clássico dos céus era o C-47, verdadeiro burro de carga
das tropas Aliadas em toda a Segunda Guerra Mundial e do qual a FAB utilizou as
dezenas.
Bem, o tempo passou e depois eu soube
que o bar fechou. Já sobre o dito avião, eu acreditava que o mesmo havia sido
desmantelado em algum ferro velho.
ASSINATURA DE ROMERO BRITTO NA DERIVA DO DC-3
Recentemente soube que o destino da
aeronave foi bem mais nobre!
A história deste DC-3 é típica das
aeronaves que realizavam voos comerciais no seu tempo. Seus primeiros voos
foram nos céus dos Estados Unidos, onde teve como primeiro operador a empresa
American Airlines e a matrícula NC15592. Uma interessante característica
desta aeronave é que ela foi concebida como um DC-3 DST (Douglas Sleeper
Transport) tendo a porta de acesso principal disposta no lado direito. Como foi
também utilizado para transporte executivo, possuía outras modificações: as
carenagens do trem de pouso e o nariz alongado para alojar um radar.
Consta que em 1954 este avião veio para
o Brasil e foi utilizado pela extinta VASP, até 1959. Depois ostentou as cores
da também extinta empresa Real Linhas Aérea. Na sequência serviu de avião
executivo para a diretoria da montadora Willys Overland e depois para a
subsidiária da Ford no Brasil, com a matrícula PT-BFU. Existem informações, não
comprovadas, que esta majestosa aeronave pertenceu a Coca-Cola de Fortaleza, no
Ceará.
Depois o DC-3 foi para o município de
Paulista, Pernambuco, mais precisamente na área da praia de Maria Farinha, para
uma função onde não necessitaria mais voar, a não ser na imaginação das
pessoas. O velho avião passou a ser parte principal da decoração de um bar e
restaurante.
PRAIA
DE MARIA FARINHA PE – CERVEJARIA CAMPO DE POUSO 1995 – FOTO AÉREA DE JOÃO
TÉRCIO SOLANO LOPES
A aeronave ficou por vários anos na
parte frontal na Cervejaria Campo de Pouso, que marcou época na região. Dizem
que além do DC-3 o bar chamava atenção por um maravilhoso petisco conhecido
como “Tubalhau”.
A ideia de utilizar uma aeronave como
tema para esta cervejaria era uma vontade antiga de seu idealizador, Silvio
Amorim, que também era piloto privado e entusiasta da aviação. A casa refletia
um clima de um aeroporto, ou de um “campo de pouso”, mas sem a pista de
aterrissagem. Tinha biruta, sinalização, fonia de torre de controle e as mesas
ficavam embaixo das asas. Na parte construída da cervejaria havia vários
pôsteres de propagandas antigas das principais companhias aéreas do mundo e uma
seleção de fotos do clássico DC-3.
Um dia o bar fechou e o destino do avião
foi bem interessante e inusitado.
O bimotor deixou a área da antiga Cervejaria Campo de Pouso em 2001,
tendo sido doado por Sílvio Amorim para as Faculdades Integradas Barro Melo –
AESO, no bairro de Peixinhos, em Olinda, onde foi transformado em uma obra de
arte através das mãos do pernambucano Romero de Britto.
Para alguns o fato de Romero ter
utilizado este avião como uma tela, na verdade sua maior obra de arte, foi um
erro. Muitos têm a ideia que este avião “merecia ser respeitado na sua
originalidade”. Discussões a parte é inegável que Britto, artista plástico
internacionalmente conhecido, realizou um belo trabalho eternizando o DC-3. A
velha águia hoje é o símbolo da instituição de ensino que a preserva.
Existe um interessante documentário chamado “AESO DC-3: A história de um
avião”, cuja direção é de João Barbalho e a obra foi realizada pelos alunos do
curso de Radio, Tv e Internet da AESO. Creio que o mais interessante neste documento
é ver como a mudança deste avião, desde o bar para esta universidade, mexeu com
tanta gente e criou tantas histórias e estórias.
EXTRAÍDO DO SITE: TOK DE HISTÓRIA, TEXTO: SÍLVIO
AMORIM.
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