segunda-feira, 29 de junho de 2015

O PENSADOR








Autor: Auguste Rodin
Data: 1904
Técnica: escultura em bronze
Altura: 186 cm
Localização: Museu Rodin, Paris, França



O Pensador (francês: Le Penseur) é uma das mais famosas esculturas de bronze do escultor francês Auguste Rodin. Retrata um homem em meditação soberba, lutando com uma poderosa força interna.
Originalmente chamado de O Poeta, a peça era parte de uma comissão do Museu de Arte Decorativa em Paris para criar um portal monumental baseada na Divina Comédia, de Dante Alighieri. Cada uma das estátuas na peça representavam um dos personagens principais do poema épico. O Pensador originalmente procurava retratar Dante em frente dos Portões do Inferno, ponderando seu grande poema. A escultura está nua porque Rodin queria uma figura heroica à la Michelangelo para representar o pensamento assim como a poesia.
Rodin fez sua primeira versão por volta de 1880. A primeira estátua (O Pensador) em escala maior foi terminada em 1902, mas não foi apresentada ao público até 1904. Tornou-se propriedade da cidade de Paris graças a uma contribuição organizada pelos admiradores de Rodin e foi colocada em frente do Panteão em 1906. Em 1922, contudo, foi levada para o Hotel Biron, transformado no Musée Rodin. Mais de vinte cópias da escultura estão em museus em volta do mundo. Algumas destas cópias são versões ampliadas da obra original assim como as esculturas de diferentes proporções.





O rigor técnico e a monumentalidade da obra são notáveis. O próprio nu é entendido como
um elemento de influência daquele gênio do Renascimento.
Numa breve reflexão sobre o significado desta obra, é impossível escapar à pergunta: em que pensa o pensador? Aquela imagem de meditação profunda, aquela atitude de introspecção meditativa não apela, a meu ver, para o simples acto de raciocínio.
Talvez ele pense na natureza dos próprios pensamentos. Porque pensar é também um acto que advém da alma e não apenas da inteligência. Na verdade, pensar é muito mais que raciocinar. O cérebro pode escravizar e alienar o ser humano, tanto quanto a sua dimensão física.

Aquele que pensa eleva-se a um patamar muito acima do mundo físico e mesmo intelectual.






O pensador de Rodin está no extremo oposto ao homem físico, ao homem-músculo, primitivo e banal que vive no mundo vegetal da força bruta. No entanto, o Pensador eleva-se, ainda, acima do homem que pondera e calcula. Ele entrou no domínio da alma, o maior dos universos. Para lá do físico, para lá do cérebro está a alma, o espírito, a dimensão maior do Humano. O pensador de Rodin pensa e sente; talvez chore e ria; talvez o faça apenas dirigindo-se ao seu próprio interior. Porque a nudez do corpo nada diz sobre a imensidão do seu íntimo. A nudez exprime a dimensão estética; a reflexão explora toda a dimensão da alma.



Talvez hoje, mais de um século passado sobre a obra de Rodin, seja necessário pensar um pouco mais na inutilidade da dimensão física e na escravidão do raciocínio. Talvez o convite deste pensador seja o retorno ao universo imenso e encantador da alma; onde a poesia e a arte preenchem a espírito; onde o sentido da vida se resume ao verdadeiro sentir, ao mundo encantado mas profundamente humano das emoções e dos sentimentos; ao universo infinito onde se encontra a alegria, o amor e a felicidade.





Auguste Rodin







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